Não é a primeira vez que produtos alimentícios aparecem contaminados com resquícios de produtos de limpeza. Dessa vez, o alimento foi o suco de soja AdeS, produzido pela Unilever. Depois de ingerirem o suco, quatorze pessoas ligaram para o serviço de atendimento ao consumidor da empresa relatando que estavam com problemas, como queimaduras na mucosa da boca, enjoo e náusea. Então, a empresa começou uma investigação e viu que um lote de suco estava com hidróxido de sódio (NaOH), mais conhecido como soda cáustica.
De acordo com a empresa, o lote, produzido em 23 de fevereiro, na unidade de Pouso Alegre (MG), era de menos de 100 unidades do suco AdeS sabor maçã. Ao invés do suco, foi envasado uma solução de hidróxido de sódio a 2,5%. Por ser uma base forte, a solução tem um pH 13, e nessa concentração pode causar queimaduras na mucosa da boca, da língua e na garganta, além de outros sintomas.
A própria empresa divulgou que houve um erro e que o produto não estava somente contaminado com o composto, que é usado para limpeza de equipamentos industriais, mas era o próprio produto. A empresa fez um recall, isto é, pediu para os locais que vendem os produtos e os consumidores o devolverem.
No entanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária tomou uma providência mais drástica: pediu para que todos os produtos da linha AdeS, independentemente do sabor, fossem devolvidos. Além disso, proibiu a produção, distribuição, venda e consumo das bebidas produzidas pela fábrica de Pouso Alegre.
Por ser uma solução com um gosto acentuado e ruim, qualquer pessoa que for ingeri-la percebe que não se trata do suco e, por isso, não bebe grandes quantidades. Assim, a intoxicação é considerada de leve a média e recomenda-se tomar bastante água. O hidróxido de sódio, quando chega ao estômago, neutraliza o ácido clorídrico, de acordo com a seguinte reação:
NaOH(aq) + HCl(aq)→ NaCl(aq) + H2O(l)
Dessa forma, há a formação do sal cloreto de sódio e da água. Assim, não há efeitos colaterais graves para as pessoas que tomarem pequenas quantidades do produto; o maior problema são as queimaduras que ocorrem no sistema digestivo, até o produto chegar ao estômago.
Porém, embora essas pessoas que foram intoxicadas já tenham sido atendidas por médicos e não precisaram ser internadas, e mesmo que a solução não cause problemas tão sérios e em poucos dias os sintomas passem, é muito grave haver uma falta de inspeção numa empresa tão grande, a ponto de se deixar passar essa falha.
A empresa já recolheu os produtos dos postos de venda e reteve os que iria vender. Também desativou a linha de fabricação em Pouso Alegre. Além disso, declarou que está colaborando com a ANVISA e que todos os outros produtos da linha AdeS estão em perfeitas condições de consumo.
Intransigente com o pedido da empresa, a agência declarou que, enquanto não for feita uma inspeção sanitária na fábrica e enquanto não houver provas concretas de que o problema já foi resolvido, a proibição continua. A Unilever está tentando revogar a proibição. Provavelmente, em breve voltará a vender o produto.
Fique atento: ao ingerir um alimento ou bebida, se sentir um gosto estranho pare de comer ou bebê-la e ligue imediatamente para a fábrica a fim de relatar o problema. Não jogue o produto fora, pois ele pode ser importante para fazer testes químicos. Se sentir qualquer sintoma, procure um médico.
Não é a primeira vez que produtos alimentícios aparecem contaminados com resquícios de produtos de limpeza. Dessa vez, o alimento foi o suco de soja AdeS, produzido pela Unilever. Depois de ingerirem o suco, quatorze pessoas ligaram para o serviço de atendimento ao consumidor da empresa relatando que estavam com problemas, como queimaduras na mucosa da boca, enjoo e náusea. Então, a empresa começou uma investigação e viu que um lote de suco estava com hidróxido de sódio (NaOH), mais conhecido como soda cáustica.
Cerca de 100 embalagens do suco AdeS de maçã foram envasadas com solução de hidróxido de sódio
De acordo com a empresa, o lote, produzido em 23 de fevereiro, na unidade de Pouso Alegre (MG), era de menos de 100 unidades do suco AdeS sabor maçã. Ao invés do suco, foi envasado uma solução de hidróxido de sódio a 2,5%. Por ser uma base forte, a solução tem um pH 13, e nessa concentração pode causar queimaduras na mucosa da boca, da língua e na garganta, além de outros sintomas.
A própria empresa divulgou que houve um erro e que o produto não estava somente contaminado com o composto, que é usado para limpeza de equipamentos industriais, mas era o próprio produto. A empresa fez um recall, isto é, pediu para os locais que vendem os produtos e os consumidores o devolverem.
O hidróxido de sódio é uma base forte
No entanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária tomou uma providência mais drástica: pediu para que todos os produtos da linha AdeS, independentemente do sabor, fossem devolvidos. Além disso, proibiu a produção, distribuição, venda e consumo das bebidas produzidas pela fábrica de Pouso Alegre.
Por ser uma solução com um gosto acentuado e ruim, qualquer pessoa que for ingeri-la percebe que não se trata do suco e, por isso, não bebe grandes quantidades. Assim, a intoxicação é considerada de leve a média e recomenda-se tomar bastante água. O hidróxido de sódio, quando chega ao estômago, neutraliza o ácido clorídrico, de acordo com a seguinte reação:
NaOH(aq) + HCl(aq)→ NaCl(aq) + H2O(l)
Dessa forma, há a formação do sal cloreto de sódio e da água. Assim, não há efeitos colaterais graves para as pessoas que tomarem pequenas quantidades do produto; o maior problema são as queimaduras que ocorrem no sistema digestivo, até o produto chegar ao estômago.
A ANVISA proibiu a fabricação, distribuição e venda do suco AdeS de todos os sabores
Porém, embora essas pessoas que foram intoxicadas já tenham sido atendidas por médicos e não precisaram ser internadas, e mesmo que a solução não cause problemas tão sérios e em poucos dias os sintomas passem, é muito grave haver uma falta de inspeção numa empresa tão grande, a ponto de se deixar passar essa falha.
A empresa já recolheu os produtos dos postos de venda e reteve os que iria vender. Também desativou a linha de fabricação em Pouso Alegre. Além disso, declarou que está colaborando com a ANVISA e que todos os outros produtos da linha AdeS estão em perfeitas condições de consumo.
Intransigente com o pedido da empresa, a agência declarou que, enquanto não for feita uma inspeção sanitária na fábrica e enquanto não houver provas concretas de que o problema já foi resolvido, a proibição continua. A Unilever está tentando revogar a proibição. Provavelmente, em breve voltará a vender o produto.
Fique atento: ao ingerir um alimento ou bebida, se sentir um gosto estranho pare de comer ou bebê-la e ligue imediatamente para a fábrica a fim de relatar o problema. Não jogue o produto fora, pois ele pode ser importante para fazer testes químicos. Se sentir qualquer sintoma, procure um médico.