HIS | As armas da liberdade |
Publicada em: 06/04/2005
Existem coisas que a gente tem muita dificuldade para entender. Formar uma opinião sobre determinados assuntos é, muitas vezes, uma tarefa árdua. Por exemplo: o que pensar sobre os suicidas islâmicos que estão se explodindo no Iraque atualmente? Neste mesmo tema, o que pensar sobre a própria guerra do Iraque? Havia ou não armas de destruição em massa no Iraque? O objetivo dos americanos era realmente libertar o povo iraquiano, ou derrubar seu governante para ocupar seu território e se apossar de suas riquezas?
Essas perguntas podem ter várias respostas, dependendo do ponto de vista e das informações que possuímos para respondê-las. Este problema não ocorre só em relação à guerra do Iraque. Na história existem outros exemplos e frequentemente nos deparamos, em nosso cotidiano, com questões deste tipo. A proposta do fulano "x" tem o objetivo de me ajudar ou me prejudicar? A revolta da fulana "y" foi motivada por uma loucura sua, ou ela tem motivos que preferiu não expor? Que partido tomar? Para onde ir?
Estamos o tempo todo diante de interrogações. E muitas vezes elas são angustiantes. Mas esta é uma das naturezas do ser humano: perguntar. A pergunta, ainda que não seja divulgada a ninguém, talvez seja um dos maiores bens que possuímos, e este ninguém pode nos roubar. Perguntar para, ao menos, saber. Pois saber é a principal arma que podemos ter para viver sem depender dos outros. Saber é a nossa munição para a liberdade.
