Os três principais erros na inclusão digital

Os professores devem mediar a utilização das tecnologias pelos alunos

Ao promoverem a inclusão digital, as escolas cometem alguns erros. Conheça os três principais erros na inclusão digital.

A utilização efetiva e pedagógica das tecnologias digitais de comunicação e informação nas escolas não é uma tarefa tão fácil quanto parece, e se você já teve experiências nesse sentido, sabe do que estamos falando.

Disponibilizar computadores nas escolas, assim como o uso por parte dos alunos, apesar de serem fatores essenciais, não garantem que a tecnologia será utilizada a serviço da educação.

Ao analisar o fenômeno de inclusão destas tecnologias nos currículos e práticas pedagógicas nos Estados Unidos, Hawkins levantou os principais erros capazes de prejudicar esse processo. Esses erros foram reunidos no estudo de Dulce Márcia Cruz (2001), sobre Educação a Distância.

Apesar de o cenário brasileiro ter suas peculiaridades, tais erros são facilmente observados em projetos por aqui. São eles:

“Considerar a tecnologia como uma categoria à parte que pode produzir por si mesma grandes mudanças”

Tecnologias não são autossuficientes, e sozinhas não são capazes de beneficiar o processo educativo. É necessário que, atrelado ao aparato tecnológico, tenhamos sujeitos atentos e conscientes, que utilizem a tecnologia em prol de objetivos pedagógicos. Resumindo, não basta colocar computadores dentro das escolas, se não existirem ações consistentes que promovam seu uso efetivamente nas práticas educativas.

“Só oferecer microcomputadores aos alunos, sem passar pelas mãos dos professores, que ficam sem orientação e não se envolvem na utilização do material”

É claro que a utilização da tecnologia por parte dos alunos é fundamental para o sucesso da inclusão digital das escolas. No entanto, o professor tem um papel essencial nesse processo, que requer planejamento e estudo aprofundado dos objetos digitais de aprendizagem (ODA´s). Ele é o responsável por mediar a construção dos conhecimentos por parte dos alunos, e não é diferente quando o assunto é tecnologia. A tecnologia deve ser encarada como mais uma ferramenta capaz de potencializar as ações educativas, a serviço do professor. Somente desta forma ela irá integrar de maneira efetiva o processo de ensino e aprendizagem.

As mudanças não acontecem em um piscar de olhos
“Pensar que as coisas podem ser alteradas rapidamente”

Incluir novas ferramentas no processo de ensino exige alterar velhos hábitos e procedimentos, e como qualquer mudança de hábitos, exige esforço, dedicação e tempo. Os estudos de Hawkins mostraram que são necessários, em média, 5 anos para que a tecnologia seja de fato integrada ao planejamento pedagógico dos professores.
Conclusão
Ao observar os erros elencados, podemos perceber que quando o fator humano é subestimado, dificilmente a tecnologia é integrada ao ambiente escolar com sucesso. As relações humanas devem sempre nortear qualquer trabalho pedagógico, independentemente das tecnologias que o acompanham.

Deste modo, a formação do professor, assim como sua familiarização e sensibilização em relação à tecnologia, é fundamental para que a mesma faça parte do cotidiano da escola, e integre o planejamento curricular.

Essa formação deve ser pensada sempre de forma continuada e sistemática, já que para mudar práticas educativas é preciso um longo período de construção e adaptação.

Quer saber mais sobre a formação de professores voltada à tecnologia no ambiente escolar? Converse com a gente!


Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *