Micorrizas-2ºano “A” – Lucas Lobo e Bruno Rodrigues

CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS MICORRIZAS

Quase todas as plantas necessitam de uma associação mutualística com fungos. Sem auxílio, os pelos radiculares dessas plantas não absorvem água ou nutrientes necessários para manter o crescimento. Entretanto, essas raízes são infectadas por fungos, formando uma associação chamada micorriza. As micorrizas podem ser ectomicorrizas, em que o fungo enrola-se à raiz, mas não penetram ou micorrizas arbusculares, no qual as hifas do fungo entram na raiz e penetram a parede celular das células radiculares formando estruturas arbusculares, dentro da parede celular, mas fora da membrana plasmática . A associação entre FMA e raízes de plantas está presente na maioria das plantas superiores, formando as micorrizas. As micorrizas arbusculares são o tipo mais comum de micorrizas, ocorrendo em 80 % das espécies de plantas vasculares e resultam da colonização das raízes por fungos simbióticos obrigatórios (Filo Glomeromycota, com cerca de 230 espécies). Os fungos micorrízicos arbusculares associam-se mutualisticamente com o sistema radicular de plantas superiores. Muitos são os gêneros de fungos capazes de formar associação com plantas. Entretanto, existem diferentes graus de especificidade fungo-planta existindo uma compatibilidade diferenciada entre as espécies de fungos micorrízicos do solo e as variações nas características genéticas do hospedeiro determinando, dessa forma, a dependência micorrízica. Esses fungos estabelecem simbiose mutualística com raízes de plantas e o micélio extra-radicular explora o solo, adquirindo água e nutrientes com eficiência, notadamente o fósforo. Esta simbiose é formada entre fungos do solo pertencentes ao filo Glomeromycota e raízes de plantas. O estabelecimento da simbiose ectomicorrízica se inicia pela ativação dos propágulos do fungo (esporos) que germinam e formam um tufo de hifas na rizosfera. Quando as hifas no solo reconhecem uma fina raiz emergindo da planta hospedeira, conduzem o crescimento em direção a estas raízes e colonizam a superfície formando um manto de hifas, cercando-as e isolando-as do solo ao redor. O comprimento de hifas extra-radiculares é expresso por unidade de massa ou volume do solo, ou ainda por unidade de comprimento de raiz colonizada. A extensão e o impacto das micorrizas arbusculares sobre o volume do solo variam, principalmente, com as características radiculares e de textura do solo; raízes mais finas tendem a induzir maiores comprimentos de hifa. A camada superficial do solo (0-5 cm) é a região que mais ocorre raízes finas, raízes estas que se encontram as associações com fungos ectomicorrízicos.

RESUMO

O estudo do solo tem sido intensificado nas últimas décadas, sobretudo nos aspectos relacionados aos microrganismos, dentre os quais se destacam as micorrizas. As micorrizas consistem em associações mutualísticas entre fungos do solo e raízes de plantas. Estes microrganismos favorecem o crescimento das plantas, contribuem para a estruturação das comunidades vegetais. Em sistemas agrícolas, contribuem para a sustentabilidade. Por exercerem significativo papel para a funcionalidade e manutenção dos ecossistemas naturais e manejados, inclusive os degradados, as micorrizas são úteis para a natureza e para o homem. Entretanto, apesar da importância para a agricultura, as micorrizas ainda são pouco estudadas e divulgadas. Assim, sugere-se a realização de novos estudos sobre as aplicações das micorrizas.

LINK:

http://www.conhecer.org.br/enciclop/2015E/Micorrizas.pdf