Impeachment
Em outubro de 1991 iniciaram as denúncias contra o governo Collor. Desde sua campanha, Collor declarava sua honestidade e austeridade, principalmente no que se referia ao dinheiro público. Era o “caçador de marajás” e foi desmascarado pouco tempo após sua eleição.
O ponto culminante foram as declarações, feitas para a revista Veja em maio de 1992, de seu irmão Pedro Collor. Pedro afirmava que o presidente participava das negociações de Paulo César Farias, o PC (tesoureiro da campanha presidencial de Collor). Desde 1991 PC era investigado por enriquecimento ilícito, corrupção e relações com grupos empresarias.
Diante das declarações de Pedro Collor, em junho de 1992 foi instalada uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) pelo Congresso Nacional, visando investigar o esquema PC e a possível participação do presidente. O inquérito fez emergir negociatas que envolviam o presidente. A sociedade, chocada com as descobertas da CPI, mobilizou-se, exigindo o afastamento do presidente, no movimento para o impeachment.
Enquanto isso, a prisão de PC foi decretada, mas o tesoureiro de Collor conseguiu fugir do país. Em 29 de setembro de 1992 a Câmara dos Deputados, diante das constantes manifestações populares, decidiu pelo afastamento de Collor.