Se você está iniciando seus estudos sobre a Grécia Antiga, certamente já teve a oportunidade de conhecer as páginas do Portal Educacional Clickideia sobre a Pré-História e as Primeiras Civilizações da América, África e Ásia (Mesopotâmia, Índia e China). Agora, se prepare para descobrir uma das mais fascinantes sociedades de todos os tempos, cujos traços culturais e políticos ainda se fazem sentir no mundo todo, especialmente no Ocidente.
A civilização grega desenvolve-se na região leste do mar Mediterrâneo, situado entre a Europa meridional, a Ásia ocidental e a África setentrional, conforme você pode observar na imagem ao lado. Mais precisamente, a sociedade grega floresceu no sul da península balcânica, expandindo-se em direção às ilhas do mar Egeu, à ilha de Creta e a alguns pontos no litoral da Ásia Menor. A península balcânica possui um litoral extremamente recortado e um elevado número de ilhas. Em sua área continental, os recursos minerais são escassos (casos do mármore, obsidiana, cobre e prata), o relevo é montanhoso e o solo, pobre. Trata-se, portanto, de uma importante diferença com relação a algumas das primeiras civilizações, que se desenvolveram nas margens férteis de grandes rios. Cabe lembrar que as mais antigas delas surgiram entre cinco e seis mil anos atrás, sempre às margens de rios. Ao longo do Nilo, por exemplo, desenvolveu-se a civilização egípcia. Já entre os rios Tigre e Eufrates, a mesopotâmica. Já na região do rio Amarelo, surgiu a sociedade chinesa. No Vale do Indo, floresceram as civilizações de Harapa e Mohenjo-Daro, que forneceram as bases para o posterior desenvolvimento da sociedade indiana.
Se, por um lado, as condições naturais do território grego apresentavam um potencial agrícola limitado e poucos recursos minerais, por outro, tais condições eram extremamente favoráveis para a navegação. Nessa região, o litoral recortado formava portos naturais, facilitando a navegação entre o continente e as múltiplas ilhas situadas no entorno da península balcânica. Além disso, as águas dessa região são consideradas relativamente calmas (exceto no inverno), favorecendo ainda mais a viagem por mar. Um dos resultados dessas características geográficas foi o desenvolvimento de uma intensa prática comercial. Essas relações comerciais envolviam diversos povos do Mediterrâneo, caso, por exemplo, dos egípcios e dos hititas, para os quais os gregos forneciam, principalmente, vasos de cerâmica (utilizados, principalmente, no armazenamento de alimentos).
Estudiosos também costumam afirmar que tais características geográficas contribuíram para que a sociedade grega se desenvolvesse de um modo fragmentado, ou seja, sem um governo unificado que concentrasse o poder político sobre toda a região. Ao invés disso, houve o florescimento de diversas cidades autônomas entre si, cada qual com seu governo próprio. Chamadas de “póleis” (ou “pólis”, no singular), essas cidades-Estado eram independentes administrativa, politica e economicamente umas das outras, mas preservavam importantes traços culturais em comum, como a religião, a língua, e a organização econômica e familiar.
A civilização grega desenvolve-se na região leste do mar Mediterrâneo, situado entre a Europa meridional, a Ásia ocidental e a África setentrional
Se você está iniciando seus estudos sobre a Grécia Antiga, certamente já teve a oportunidade de conhecer as páginas do Portal Educacional Clickideia sobre a Pré-História e as Primeiras Civilizações da América, África e Ásia (Mesopotâmia, Índia e China). Agora, se prepare para descobrir uma das mais fascinantes sociedades de todos os tempos, cujos traços culturais e políticos ainda se fazem sentir no mundo todo, especialmente no Ocidente.
A civilização grega desenvolve-se na região leste do mar Mediterrâneo, situado entre a Europa meridional, a Ásia ocidental e a África setentrional, conforme você pode observar na imagem ao lado. Mais precisamente, a sociedade grega floresceu no sul da península balcânica, expandindo-se em direção às ilhas do mar Egeu, à ilha de Creta e a alguns pontos no litoral da Ásia Menor. A península balcânica possui um litoral extremamente recortado e um elevado número de ilhas. Em sua área continental, os recursos minerais são escassos (casos do mármore, obsidiana, cobre e prata), o relevo é montanhoso e o solo, pobre. Trata-se, portanto, de uma importante diferença com relação a algumas das primeiras civilizações, que se desenvolveram nas margens férteis de grandes rios. Cabe lembrar que as mais antigas delas surgiram entre cinco e seis mil anos atrás, sempre às margens de rios. Ao longo do Nilo, por exemplo, desenvolveu-se a civilização egípcia. Já entre os rios Tigre e Eufrates, a mesopotâmica. Já na região do rio Amarelo, surgiu a sociedade chinesa. No Vale do Indo, floresceram as civilizações de Harapa e Mohenjo-Daro, que forneceram as bases para o posterior desenvolvimento da sociedade indiana.
Se, por um lado, as condições naturais do território grego apresentavam um potencial agrícola limitado e poucos recursos minerais, por outro, tais condições eram extremamente favoráveis para a navegação. Nessa região, o litoral recortado formava portos naturais, facilitando a navegação entre o continente e as múltiplas ilhas situadas no entorno da península balcânica. Além disso, as águas dessa região são consideradas relativamente calmas (exceto no inverno), favorecendo ainda mais a viagem por mar. Um dos resultados dessas características geográficas foi o desenvolvimento de uma intensa prática comercial. Essas relações comerciais envolviam diversos povos do Mediterrâneo, caso, por exemplo, dos egípcios e dos hititas, para os quais os gregos forneciam, principalmente, vasos de cerâmica (utilizados, principalmente, no armazenamento de alimentos).
Estudiosos também costumam afirmar que tais características geográficas contribuíram para que a sociedade grega se desenvolvesse de um modo fragmentado, ou seja, sem um governo unificado que concentrasse o poder político sobre toda a região. Ao invés disso, houve o florescimento de diversas cidades autônomas entre si, cada qual com seu governo próprio. Chamadas de “póleis” (ou “pólis”, no singular), essas cidades-Estado eram independentes administrativa, politica e economicamente umas das outras, mas preservavam importantes traços culturais em comum, como a religião, a língua, e a organização econômica e familiar.