Para interpretar o passado e narrá-lo para nós, os historiadores se valem das fontes históricas (às vezes também chamadas de “documentos históricos”). Todo e qualquer vestígio do passado pode servir como fonte histórica, desde que apresente resquícios da presença humana. As fontes históricas podem ser tanto materiais (livros, esculturas, utensílios), como imateriais (lendas, tradições, canções, ritos), e são capazes de fornecer dados sobre determinadas épocas ou culturas, ainda que não tenham sido produzidas com esta finalidade. Por exemplo, um pote de cerâmica elaborado com a simples intenção de armazenar excedentes da produção agrícola pode se tornar, nas mãos de um historiador, uma importante fonte de dados, ajudando a esclarecer muito sobre a cultura ou sobre as pessoas que o construíram e utilizaram. No futuro, os novos pesquisadores da história olharão para os dias de hoje e utilizarão uma série de fontes com as quais estamos bem familiarizados: para nós, elas não são fontes históricas, e sim elementos do dia a dia.
Ao investigar a atualidade, os historiadores do futuro precisarão se utilizar de fontes que os ajudem a entender nossos costumes, valores e fatos contemporâneos. Para isso, por que não utilizar o gigantesco banco de dados de um site de relacionamentos e analisar os ricos detalhes que cada um de nós insere ao utilizá-los? Usuários do Facebook e do Twitter, por exemplo, costumam postar diversas informações sobre seus hábitos: aonde vão, com quem, com qual frequência, o que fazem, o que comem, que roupas utilizam, que músicas ouvem, o que leem, a quais filmes assistem, como são suas famílias, com o que trabalham, como se locomovem, e muitas outras coisas. Os historiadores do futuro poderão se utilizar dos bancos de dados das atuais redes sociais com o mesmo fascínio com que imaginamos as famílias do início do século XX reunidas em volta dos antigos rádios.
E nos museus: quais tipos de preciosidades serão abrigados pelos museus do futuro? Para recontar a história da contemporaneidade, os museus do futuro precisarão apresentar aos seus visitantes os objetos que, hoje, fazem parte da nossa vida cotidiana. E não tenha dúvidas: as velharias do futuro serão nada menos que as tecnologias de ponta da atualidade. Imagine-se adentrando um museu sobre o “velho” século XXI e dando de cara com televisores de LED 3D. Não espere por menos. No futuro, as novidades de hoje poderão ter se tornado tão obsoletas que as pessoas comuns sequer saberão que elas alguma vez existiram. Você duvida? Então responda honestamente: você sabe o que é um disquete ¾? E uma máquina de datilografia? Imagina o que seja um disco de vinil? Já ouviu falar de mimeógrafo? Já assistiu a algum filme num videocassete? Ouviu músicas num walkman? Contou fichas para usar um telefone público? Tudo isso fazia parte da vida cotidiana até, mais ou menos, 15 ou 20 anos atrás. No entanto, conforme essas tecnologias foram sendo substituídas, as novas gerações perderam a oportunidade de conhecê-las pessoalmente. No futuro, deve acontecer o mesmo, e não apenas com os objetos.
Conforme o tempo avança, os costumes mudam. Certos comportamentos passam a ser socialmente tolerados, ao passo que outros deixam de sê-lo. Até os anos de 1950 e 60, por exemplo, mulheres não podiam utilizar calças, mas apenas saias. Até bem menos tempo, os homossexuais tinham de esconder sua orientação sexual até mesmo dos amigos mais próximos. Hoje, a homossexualidade é muito melhor aceita socialmente, sendo, inclusive, possível realizar-se a união civil entre pessoas do mesmo sexo. No futuro, novos valores estarão em voga. E, então, os povos do amanhã olharão para os dias de hoje talvez com a mesma repulsa com que estudamos as sociedades escravistas. O que as pessoas do futuro terão a dizer sobre nossos costumes? Como julgarão a maneira como lidamos com questões polêmicas, como o uso de drogas e o aborto induzido, por exemplo? Só há duas maneiras de sabê-lo: ou desenvolvemos a máquina do tempo, ou sobrevivemos até lá!
Para interpretar o passado e narrá-lo para nós, os historiadores se valem das fontes históricas (às vezes também chamadas de “documentos históricos”). Todo e qualquer vestígio do passado pode servir como fonte histórica, desde que apresente resquícios da presença humana. As fontes históricas podem ser tanto materiais (livros, esculturas, utensílios), como imateriais (lendas, tradições, canções, ritos), e são capazes de fornecer dados sobre determinadas épocas ou culturas, ainda que não tenham sido produzidas com esta finalidade. Por exemplo, um pote de cerâmica elaborado com a simples intenção de armazenar excedentes da produção agrícola pode se tornar, nas mãos de um historiador, uma importante fonte de dados, ajudando a esclarecer muito sobre a cultura ou sobre as pessoas que o construíram e utilizaram. No futuro, os novos pesquisadores da história olharão para os dias de hoje e utilizarão uma série de fontes com as quais estamos bem familiarizados: para nós, elas não são fontes históricas, e sim elementos do dia a dia.
Ao investigar a atualidade, os historiadores do futuro precisarão se utilizar de fontes que os ajudem a entender nossos costumes, valores e fatos contemporâneos. Para isso, por que não utilizar o gigantesco banco de dados de um site de relacionamentos e analisar os ricos detalhes que cada um de nós insere ao utilizá-los? Usuários do Facebook e do Twitter, por exemplo, costumam postar diversas informações sobre seus hábitos: aonde vão, com quem, com qual frequência, o que fazem, o que comem, que roupas utilizam, que músicas ouvem, o que leem, a quais filmes assistem, como são suas famílias, com o que trabalham, como se locomovem, e muitas outras coisas. Os historiadores do futuro poderão se utilizar dos bancos de dados das atuais redes sociais com o mesmo fascínio com que imaginamos as famílias do início do século XX reunidas em volta dos antigos rádios.
Até muito recentemente, era com esse aparelho que as pessoas assistiam a filmes em casa
E nos museus: quais tipos de preciosidades serão abrigados pelos museus do futuro? Para recontar a história da contemporaneidade, os museus do futuro precisarão apresentar aos seus visitantes os objetos que, hoje, fazem parte da nossa vida cotidiana. E não tenha dúvidas: as velharias do futuro serão nada menos que as tecnologias de ponta da atualidade. Imagine-se adentrando um museu sobre o “velho” século XXI e dando de cara com televisores de LED 3D. Não espere por menos. No futuro, as novidades de hoje poderão ter se tornado tão obsoletas que as pessoas comuns sequer saberão que elas alguma vez existiram. Você duvida? Então responda honestamente: você sabe o que é um disquete ¾? E uma máquina de datilografia? Imagina o que seja um disco de vinil? Já ouviu falar de mimeógrafo? Já assistiu a algum filme num videocassete? Ouviu músicas num walkman? Contou fichas para usar um telefone público? Tudo isso fazia parte da vida cotidiana até, mais ou menos, 15 ou 20 anos atrás. No entanto, conforme essas tecnologias foram sendo substituídas, as novas gerações perderam a oportunidade de conhecê-las pessoalmente. No futuro, deve acontecer o mesmo, e não apenas com os objetos.
O que os povos do futuro terão a dizer sobre a maneira como lidamos com o uso de drogas, como o tabaco, por exemplo?
Conforme o tempo avança, os costumes mudam. Certos comportamentos passam a ser socialmente tolerados, ao passo que outros deixam de sê-lo. Até os anos de 1950 e 60, por exemplo, mulheres não podiam utilizar calças, mas apenas saias. Até bem menos tempo, os homossexuais tinham de esconder sua orientação sexual até mesmo dos amigos mais próximos. Hoje, a homossexualidade é muito melhor aceita socialmente, sendo, inclusive, possível realizar-se a união civil entre pessoas do mesmo sexo. No futuro, novos valores estarão em voga. E, então, os povos do amanhã olharão para os dias de hoje talvez com a mesma repulsa com que estudamos as sociedades escravistas. O que as pessoas do futuro terão a dizer sobre nossos costumes? Como julgarão a maneira como lidamos com questões polêmicas, como o uso de drogas e o aborto induzido, por exemplo? Só há duas maneiras de sabê-lo: ou desenvolvemos a máquina do tempo, ou sobrevivemos até lá!