A União Soviética
Em 1917 a Russia passou por mudanças que mais tarde afetariam toda a história mundial. O povo estava nas nas ruas, passeatas, piquetes, comícios, protestos contra um governo tirano que só explorava seu povo. Sindicatos, grupos políticos, associações foram surgindo e crescendo em toda Rússia. Como já dizia o ditado: O povo unido jamais será vencido. A mobilização da população é tão grande, que o movimento consegue derrubar o governo e tomar o poder, é a revolução. Em outubro de 1917 ocorreu a Revolução socialista na Rússia, o país passou a adotar o sistema socialista, todas as terras e empresas passaram a pertencer ao Estado. Toda produção e a economia do país passou a ser cotrolada pelo governo popular.
Não foi apenas a Rússia que passou por um revolução socialista. Outros países do leste da Europa seguiram o mesmo exemplo. Por isso em 1922 foi criada a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), um grupo de países socialistas que decidiram se juntar sobre o comando de um único governo centralizado.
Após a Segunda Guerra Mundial, graças à ação do exército russo durante esta, mais 500 mil quilômetros são anexados ao território da URSS: parte da Finlândia, a Estônia, a Lituânia, a Letônia, a Polônia, a Romênia e outros.
Após o fim da Segunda Guerra a URSS era formada por um grupo de 15 repúblicas unidas, e tinha seu governo central com sede em Moscou. Essa organização se manteve até 1991, mas não foi fácil manter essa União de Repúblicas. O governo central através de seu regime autoritário, reprimia qualquer movimento que lutasse pela liberdade e independência desses povos que formavam a URSS.
Em 1985 a URSS se encontrava em uma profunda crise e conômica e política. Sua economia estava estagnada, as formas de produção antigas e atrasadas não conseguiam surpir as necessidades do país. Enquanto os burocratas do governo tinham como privilégio grande carros, banquetes, roupas carras, entre outras regalias; para a maior parte da população faltava os gêneros de primeira necessidade (alimentos, roupas, sapatos...).
Neste mesmo ano Mikhail Gorbatchev assumiu o governo e anunciou um plano para tentar acabar com a crise.
O plano tinha como base a Glasnost e a Perestroika. Glasnost, correspondia ao plano de reformas nas instituições políticas e Perestroika, se referia às reformas econômicas, e começava com a abertura da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.
Junto com a abertura política e econômica, inúmeros conflitos e movimentos começaram a surgir. Movimentos populares com o intuito de independência dos povos que formavam a URSS.
A partir de 1989, explodiram movimentos populares por liberdade nos países do leste europeu e na China. O povo, 72 anos depois, saiu novamente às ruas em passeatas, comícios e manifestações. Um a um os países que compunham a URSS iam se tornado independentes, e o governo central ia perdendo seu poder.
As repúblicas que não tinham declarado independência em relação à União Soviética, até o primeiro semestre de 1991, declararam no segundo: Estônia, Letônia, Lituânia, Ucrânia, Belarus, Moldova, Azerbaijão, Uzbequistão, Armênia e outros.
Em oito de dezembro de 1991, Rússia, Ucrânia e Belarus assinaram um documento que formalizava a ideia de criação de uma Comunidade dos Estados Independentes (CEI). No dia 25 de dezembro do mesmo ano, Gorbatchev renunciou, foi o fim da União das Repúblicas Soviéticas, e o nascimento de quinze novos países independentes.