Capitalismo: economia de mercado
O capitalismo é um sistema, hoje mundial, de funcionamento do mundo. É um sistema que está baseado na propriedade privada dos meios de produção. Isto é, todos os objetos como utensílios, ferramentas, máquinas, matérias-primas, edificações e etc, usados na produção, pertencem a alguns indivíduos. O capitalismo está centrado na fabricação de produtos comercializáveis, que são chamados de mercadorias, sempre buscando o objetivo da obtenção do lucro.
Na economia capitalista, o elemento central é o capital. O capital nada mais é que todo o dinheiro que é investido no processo produtivo, buscando a geração de lucro. O capital é o dinheiro que se investe para que a “roda capitalista continue girando”; é o dinheiro investido em máquinas, mão-de-obra, instalações e outros elementos integrantes do processo de produção.
No sistema capitalista, a produção se destina ao mercado, ou seja, à comercialização; por isso é que dizemos que os países capitalistas adotam a economia de mercado. É sempre em função dos ditames do mercado que se desenvolve o processo produtivo: produção, circulação, e consumo das mercadorias, etapas que caracterizam o ciclo de reprodução do capital. Para produzir as mercadorias, os proprietários dos meios de produção contratam mão-de-obra assalariada, isto é, empregados não-proprietários, que também vendem uma mercadoria: a sua força de trabalho.
Você, em relação ao tema “capitalismo”, certamente já ouviu falar em burguesia X proletariado, luta de classes, etc, não é mesmo? Realmente, em princípios do século XX, era assim que o sistema capitalista era analisado, através da oposição de duas classes: os burgueses, proprietários dos meios de produção, e os proletários, que vendiam sua força de trabalho. Mas cada vez mais, as transformações tecnológicas, econômicas e sociais, e o aprofundamento da divisão social do trabalho, imprimem novos elementos à estrutura capitalista. Veremos tudo isso mais adiante.
O capitalismo, como sistema sócio-econômico, passou a ser hegemônico no mundo ocidental a partir do século XVI, quando se deu a transição do feudalismo para o mercantilismo. Tal transição, não podemos nos esquecer, se deu de forma bastante desigual entre os países nos quais se instalou: nas porções orientais e centrais da Europa o processo foi mais lento, ao contrário do que aconteceu na porção ocidental e principalmente na Inglaterra, onde a transição foi mais acelerada. Gradativamente, ao longo do tempo, o capitalismo foi evoluindo e se transformando, se enraizando profundamente na história e na cultura das sociedades em que se instalou; lentamente, foi se sobrepondo a outras formas de produção, até se tornar dominante, o que, em nível mundial, aconteceu em sua fase industrial. Depois disso, ainda dividindo a história do capitalismo em períodos, temos a fase do capitalismo finaceiro. Continue navegando!