Um breve resumo da história da educação

A história da educação

A história da educação se confunde com a história da humanidade. O processo de educação do homem foi fundamental para o desenvolvimento dos grupos sociais e de suas respectivas sociedades, razão pela qual o conhecimento de sua história e experiências passadas é essencial para a compreensão dos rumos tomados pela educação no presente.

Mas como o processo de ensino e aprendizagem evoluiu ao longo da nossa história?

Alguns historiadores acreditam que a educação sempre aconteceu ao longo do tempo, de uma forma espontânea e dinâmica. A interação com o mundo e com outros indivíduos sempre nos proporcionou algum tipo de aprendizado, seja observando um integrante mais velho da tribo caçar, os fenômenos da natureza, o comportamento religioso nos rituais, etc.

Com a formação das primeiras civilizações, o processo de ensino e aprendizagem começa a passar por uma transformação.

No Egito, 

os jovens começavam a frequentar a escola por volta dos 7 anos, aprendendo a ler, a contar histórias, escrever, entre outras coisas. Os maiores aprendiam também astronomia, música, matemática e poesia.

Já entre os hebreus,

a educação era realizada em 10 anos – entre os 08 e 18 anos de idade. Nessa fase, muitas eram as civilizações em que os pais da criança eram os responsáveis por sua educação.

Na Grécia Antiga,

o acesso ao estudo não era um direito de todas as crianças: as mulheres eram educadas até, no máximo, os 7 anos e os meninos eram educados até os 14 anos. No entanto, esse acesso dependia do poder aquisitivo dos pais, portanto era distribuído de maneira desigual e privilegiada.

Na Idade Média,

a educação romana era fortemente influenciada pela tradição espartana. Os estudantes eram formados de acordo com o pensamento conservador da época e a educação desenvolvida em consonância com os rígidos dogmas da Igreja Católica.

Entretanto, com a reforma protestante e o renascimento,

houve um resgate dos valores atenienses nos discursos sobre os objetivos da educação. Com a formação dos Estados Nacionais, o conhecimento passa a ser organizado para ser transmitido pela escola através da figura de autoridade do professor como figura detentora do saber e garantidor da ordem e da disciplina.

Esse modelo de educação se propagou pelos séculos XVIII e XIX,

influenciados pela revolução industrial e pelos regimes democráticos que se propagaram desde então. O acesso à educação passa a ser uma reivindicação enquanto direito do cidadão. Consolida-se então, um modelo de educação conteudista, que acompanhou os ideais da industrialização.

Em meados do século XIX,

alguns pensadores já começam a questionar esse modelo de educação. Há, a partir daí, uma ressignificação da figura do aluno e, por consequência, da relação professor-aluno.

No Brasil,

as atividades de ensino permaneceram sob a incumbência das ordens religiosas durante o período colonial, entretanto a constituição de 1824 preparou o espaço para o surgimento de um Sistema Nacional de Educação. Se proliferou, então, o sistema público de educação, e paralelamente, o setor privado.

Hoje,

ainda enfrentamos os desafios do passado, como a universalização da educação – um direito de todos presente na nossa atual constituição – mas nos vemos diante de um desafio ainda maior: as transformações que ocorreram nos últimos 30 anos revolucionaram todos os setores da nossa sociedade, no entanto, nosso modelo educacional continua o mesmo.

Deixo aqui algumas reflexões:

  • Como educar os indivíduos para o século XXI?
  • Os objetivos continuam sendo os mesmos de 2 séculos atrás?
  • Como lidar com lidar com a rapidez com que o homem tem transformado o mundo e as relações sociais através das novas tecnologias?
  • Qual a educação que queremos construir para o futuro?
  • Que futuro queremos construir?

 


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